Milhões de afegãos estão a enfrentar temperaturas negativas agora, a par com os problemas económicos. A dificuldade é agravada pelo facto das mulheres estarem proibidas de trabalhar nas ONG, que ajudam os mais afetados no terreno.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, diz que "não é possível prestar ajuda humanitária sem as mulheres. Não é ético fazê-lo sem elas e, em termos operacionais, não é possível fazê-lo sem a participação ativa das mulheres".
Nos arredores de Cabul, as casas fustigadas pela guerra, pelos desastres naturais, pela pobreza e por um regime que a comunidade internacional considera desumano, não estão preparadas para as temperaturas negativas.
A ajuda das mulheres, a principal força de trabalho das ONG, está proibida pelos Taliban que conquistaram o poder depois da retirada dos militares internacionais em 2021.
O regime radical tem vindo a limitar cada vez mais o acesso das mulheres à educação ou à independência.