Sahar estava no último ano da faculdade quando foi obrigada a parar. A jovem de 20 anos ainda chegou a ter esperança. Um ano depois de terem tomado Cabul, os talibã prometeram que tudo voltaria ao que era só que não cumpriram.
“A proibição do ensino superior para as raparigas mudou a mentalidade de algumas famílias, que acreditam que, agora que as suas filhas jáo não podem estudar, é melhor quer casem, o que provocou o aumento do número de casamentos precoces", disse a ativista Mina Momtaz.
As raparigas não estão autorizadas a ir além do sexto ano. Prosseguir os estudos significa, para os talibã, violar a lei islâmica. Desde 2021 que Zahra não pega no uniforme.
"Estava no 10º ano e, quando soube que já não podia ir à escola, fiquei muito abalada", explicou.
Os direitos das mulheres foram fortemente atacados com a chegada ao poder do grupo fundamentalista islâmico. Além da escola, não podem viajar ou ir trabalhar sem serem acompanhadas por um homem da família, requisito quase impossível de ser cumprido.
As Nações Unidas estimam que 1 milhão de raparigas estejam a ser afetadas pelo fundamentalismo religioso.