Afeganistão

Lei polémica no Afeganistão: o que não podem as mulheres fazer

Com a chamada lei de "vício e virtude", as mulheres estão proibidas de falar em locais públicos. A lei impede também o som em público ou as vozes elevadas das mulheres, incluindo cantar, recitar ou falar para microfones. Tudo isso para evitar "causar tentação".

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É mais uma violação de direitos fundamentais e uma escalada de restrições que já se receava. Mulheres afegãs cantam em forma de protesto contra uma nova lei talibã que as proíbe de falar em público.

A mais nova lei imposta pelos talibã já foi condenada pela Amnistia Internacional como um ataque direto às mulheres do Afeganistão.

Com a chamada lei de "vício e virtude", as mulheres estão proibidas de falar em locais públicos. A lei impede também o som em público ou as vozes elevadas das mulheres, incluindo cantar, recitar ou falar para microfones. Tudo isso para evitar "causar tentação".

As mais recentes imposições desencadearam numa onda de protestos de ativistas afegãs: filmam-se a cantar e publicam os vídeos nas redes sociais.

As regras do talibã também instrui motoristas de veículos a não transportar mulheres sem um homem de acompanhante.

As restrições do Talibã às mulheres e à liberdade de expressão provocam duras críticas de grupos de direitos humanos e de muitos governos estrangeiros, desde que os antigos insurgentes retomaram o controlo do Afeganistão em 2021.

As restrições já incluem a proibição do ensino secundário e superior para as mulheres ou de as mulheres afegãs ocuparem a maioria dos postos de trabalho.

O Talibã diz que respeita os direitos das mulheres de acordo com a interpretação da lei islâmica e dos costumes locais e que são questões internas que devem ser tratadas localmente.