Bruxelas avança com uma proposta para reduzir 90% das emissões de gases com efeito de estufa até 2040. Segundo um eurobarómetro, 85% dos europeus consideram que as alterações climáticas são um problema grave.
A proposta chega em plena onda de calor na Europa, com os termómetros a baterem recordes, incluindo na capital belga. A Comissão Europeia avança finalmente com um novo número para combater as alterações climáticas.
Mais uma meta intercalar que pressione a União Europeia a atingir a neutralidade carbónica 2050.
Mas por pressão de países como França, Alemanha, Itália ou Polónia a proposta legislativa vem com flexibilidades para ajudar a indústria europeia na redução de 90% das emissões de CO2.
Uma possibilidade polémica passa por permitir aos 27 a compra de créditos de carbono a países em desenvolvimento.
"Somos pragmáticos. O planeta não sabe distinguir em que local há emissões. E francamente não interessa à Europa em que parte do globo reduzimos. Achamos que é justo e inteligente reduzir a maioria aqui, mas também permitir às empresas e países serem flexíveis a alcançar alguns (3%) pontos percentuais", afirma o comissário responsável pelo clima, Wopke Hoekstra.
Uma estratégia desaconselhada pelos cientistas e que já mereceu críticas da esquerda, verdes e socialistas no Parlamento europeu. Avisam para os riscos de se pagar a países terceiros projetos de redução de emissões.