Em clima de festa, o número um do Chega, André Ventura, falou aos militantes sobre a conquista do terceiro lugar. Após as eleições legislativas deste domingo, a extrema-Direita torna-se no terceiro grupo parlamentar mais forte e os recados, esses, são dados pelo líder.
“Ventura, Ventura, Ventura!”
A final da Taça da Liga foi ontem, mas os cânticos, o apoio e os saltos típicos de uma claque acompanharam André Ventura ao hotel Marriott.
Ao ritmo dos gritos facilmente audíveis dos camaradas, o líder festeja a vitória – do terceiro lugar.
“Que grande, grande, grande noite! O Chega prometeu e cumpriu! Somos a terceira força política em Portugal!”, sublinha.
Desta forma, acrescenta ainda que se trata de uma vitória num “país [em] que há uns anos ninguém acreditava que podia fazer nascer uma verdadeira força antissistema, e que todos tentaram anular nestas eleições“.
A oposição da oposição – ou a nova oposição?
“Ventura, segue em frente, tens aqui a tua gente!”
Mais gritos, mais saltos, mais palavras de ordem ao microfone. Depois, novo silêncio, e o líder volta a falar.
“A Direita não soube estar à altura das usas responsabilidades”. É a justificação de André Ventura a uma possível maioria absoluta do Partido Socialista.
“António Costa, eu vou atrás de ti agora!”
O número um do Chega vira, neste momento, a mira aos socialistas e aos ex-parceiros de Geringonça.
“Há um país inteiro tratado de rastos pelo socialismo e pela extrema-Esquerda”, sublinha.
“Seremos a oposição em Portugal!”
Mesmo vendo Rui Rio e o PSD com mais do triplo da votação do Chega, sendo notoriamente o maior partido, em número de deputados, fora de um futuro Governo, o número um da extrema-Direita portuguesa lança o aviso.
“A partir de agora, tudo será diferente no Parlamento. Não será mais aquela oposição fofinha ao PS e a António Costa. Haverá quem diga as verdades“.
O último recado não “fofinho” da noite
Tempo ainda, antes de novos cânticos por parte dos apoiantes do partido, para uma mensagem para os restantes partidos com menor representação parlamentar.
“Meus caros, que sova lhes demos a esta noite, a quase todos!”, grita, no meio de uma gargalhada de quem alcançou o objetivo de ganhar força na oposição, mas que, a qualquer instante, poderá ter certezas de uma maioria socialista.
Por fim, termina:
“Nunca fizemos, nem fazemos arranjinhos com a Esquerda.”
O futuro
Ao mesmo tempo que André Ventura falava, o Partido Socialista ia ganhando cada vez mais deputados.
A futura Assembleia da República, poderá, assim, nem sequer precisar de arranjinhos, tal é a possibilidade de uma maioria absoluta vinda do Largo do Rato.
Para saber o desejo de António Costa e restantes camaradas se concretiza, acompanhe, ao minuto, os resultados das eleições legislativas de 2022.