António Costa

Legislativas: “Costa tem um historial que mais ninguém tem: em 2015 perdeu e escondeu o que ia fazer”

Rui Rio quer que António Costa seja claro sobre o que fará caso o PS não alcance uma maioria absoluta no próximo dia 30.

Legislativas: “Costa tem um historial que mais ninguém tem: em 2015 perdeu e escondeu o que ia fazer”

Na véspera do frente a frente com o secretário-geral do PS, o líder do PSD avisa que António Costa não está a dar a resposta que é necessária neste momento: o que vai fazer se nas eleições de 30 de janeiro não alcançar a maioria absoluta. Rui Rio avisa que dado o “historial” do socialista, este tem mais obrigação de dizê-lo do que qualquer outro candidato.

À margem de um encontro, em Lisboa, com a direção da Ordem dos Enfermeiros, o líder do PSD assumiu que fará “uma preparação” para o debate mais esperado entre Rio e Costa, que está agendado para as 21:00 desta quinta-feira.

“Obviamente, é lógico que se faz alguma preparação. Será uma falta de responsabilidade se não o fizesse”, afirmou o líder do PSD, desvendando que “as mensagens que tenho para dar em nada diferem das que tenho vindo a dar nos últimos tempos” até porque, acrescentou, “tenho consciência clara das prioridades para o país nos próximos quatro anos”.

Entre essas prioridades, Rio destacou a “economia, melhores empregos e melhores salários e melhores serviços públicos, que se têm vindo a degradar”. “Temos de estar aptos e fazer reformas que levam a melhor serviços públicos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é seguramente o serviço que mais tem preocupado os portugueses”, sublinhou.

Mas há desde já uma “desvantagem” que Rio identifica em Costa. “Eu tenho uma resposta clara para cada situação em completo e o doutor Costa não tem uma resposta clara: só diz que se perder vai embora e refugia-se dizendo que quer uma maioria absoluta, e isso também eu quero, queremos todos“.

Rui Rio considera ainda que tendo em conta o que diz ser o “historial” do secretário-geral do PSD, que “mais ninguém tem”, António Costa tem ainda mais responsabilidade de dizer aos portugueses o que pretende fazer depois de dia 30 de janeiro.

“Em 2015, António Costa perdeu as eleições e foi primeiro-ministro com base num acordo parlamentar que durante a campanha escondeu e não disse o que ia fazer. Escondeu aquilo que veio a acontecer depois de ter perdido as eleições e agora não está a dar essa resposta”, lembrou Rio.

O secretário-geral do PS e o líder do PSD terão, desta vez, apenas um frente a frente antes das eleições antecipadas de 30 de janeiro. O pontapé de saída está marcado para as 21:00 desta quinta-feira e terá transmissão, em simultâneo, nos três canais generalistas, RTP, SIC e TVI.

Rio recusa “lançar confusão” sobre solução para voto de isolados

Questionado pelos jornalistas sobre qual acredita ser a melhor solução para as pessoas em isolamento ou infetadas pelo SARS-CoV-2 irem votar, o líder social-democrata esclareceu que “compete ao Governo decidir”. Neste sentido, Rio recusa “lançar para a opinião publica mais confusão”.

Ainda assim avisa: “Convém não demorar muito, o Governo sabe que há eleições dia 30 de janeiro e conhece esta vaga há muito tempo”

Apesar de reconhecer que esta nova vaga é “mais benevolente do que as anteriores, não deixa no entanto de ter uma quantidade de infetados brutal” mas isso, vincou, não deve travar a “possibilidade de votar”.

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