Assalto em Tancos

Relatório sobre Tancos aponta baterias a Azeredo Lopes

Azeredo Lopes é acusado de ter conduzido o processo de Tancos com ligeireza, arrogância e declarações arriscadas revelam os Serviços de Informações Militares num relatório que o jornal Expresso teve acesso. Além do ministro da Defesa, o relatório aponta várias críticas à atuação do chefe do Estado-Maior do Exército.

O relatório secreto a que o Expresso teve acesso, conclui que o incidente revelou fragilidades de liderança e capacidade de gestão de crise.

O documento de 63 páginas elaborado em julho diz que o ministro Azeredo Lopes conduziu o processo com ligeireza, arrogância e declarações arriscadas.


Quanto ao general Rovisco Duarte, é acusado de ter assumido a responsabilidade ao ter posto o lugar à disposição mas não ter tirado consequências desse ato.


Os serviços de informações militares apontam dez cenários sobre assalto, apenas três são tidos como muito prováveis.


Suspeita-se de tráfico de armas para África, um assalto promovido por mercenários portugueses ou um roubo efetuado por grupos jihadistas na península Ibérica.


O relatório considera que o desaparecimento de armas dos paióis de Tancos evidencia o grau de degradação das infra-estruturas e meios das Forças Armadas.