Assalto em Tancos

Marcelo preocupado quer "esclarecimento cabal" sobre material roubado em Tancos

O Presidente da República reafirmou “a exigência de esclarecimento cabal” do ocorrido com o desaparecimento de armamento em Tancos, há um ano, e manifestou "preocupação".

Marcelo preocupado quer "esclarecimento cabal" sobre material roubado em Tancos
MANUEL DE ALMEIDA

Numa nota publicada esta noite na página oficial da Presidência da República, após ter sido divulgada uma notícia do jornal Expresso a dizer que "ainda há explosivos de Tancos à solta", Marcelo Rebelo de Sousa diz que reafirma essa exigência de esclarecimento “de modo ainda mais incisivo e preocupado”.

A nota de preocupação do Presidente surge no mesmo dia em que foi conhecida a primeira página do semanário Expresso de sábado, na qual se diz que, ao contrário do divulgado pelo Exército e pelo Ministro da Defesa, o Ministério Público diz que ainda há material militar desaparecido e que há granadas e explosivos que não foram encontrados.

No final de junho do ano passado desapareceu diverso armamento e munições dos paióis de Tancos. Em outubro grande parte desse material foi encontrado na Chamusca.

Na nota Marcelo Rebelo de Sousa, que por inerência é o Chefe Supremo das Forças Armadas, diz ter a certeza “de que nenhuma questão envolvendo a conduta de entidades policiais encarregadas da investigação criminal, sob a direção do Ministério Público, poderá prejudicar o conhecimento, pelos portugueses, dos resultados dessa investigação”.

“Que o mesmo é dizer o apuramento dos factos e a eventual decorrente responsabilização”, conclui o Presidente da República.

A 01 de março passado, o Presidente da República defendeu uma investigação “mais longe e a fundo” aos casos que envolveram as Forças Armadas nos últimos tempos, como o do desaparecimento de armamento do paiol de Tancos.

O alerta foi deixado por Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de posse do novo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMFA), almirante António Silva Ribeiro, no Palácio de Belém, em Lisboa, e em que falou nos desafios e dificuldades da instituição nos últimos anos.

Lusa