Assalto em Tancos

Ex-diretor da PJ Militar ouvido hoje no DCIAP em Lisboa

O ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), coronel Luís Vieira, é ouvido hoje no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, sobre o caso do aparecimento das armas furtadas em Tancos.

Luis Vieira foi detido em 25 de setembro, pela Polícia Judiciária, juntamente com outros três responsáveis da PJM, um civil, e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

A recuperação da maior parte do material, divulgada pela PJM, ocorreu no dia 18 de outubro de 2017, na Chamusca, a cerca de 20 quilómetros dos paióis de Tancos.

O caso de Tancos levou já à demissão de José Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa e do general Rovisco Duarte da chefia do Exército.