Assalto em Tancos

Assembleia da República debate proposta para criação de comissão sobre furto em Tancos

A Assembleia da República discute hoje a proposta do CDS-PP para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas de Tancos.

Arquivo
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A proposta dos centristas, que será votada na sexta-feira e tem já aprovação garantida, delimita a investigação parlamentar ao período de junho de 2017, quando foi conhecido o furto do armamento, até agora, para "identificar e avaliar os factos, os atos e as omissões" do Governo no processo.

No projeto de resolução, o CDS-PP acusa o Governo de, "numa primeira fase, desvalorizar o sucedido", depois alegar desconhecimento e tentar "precipitadamente encerrar o problema, sem retirar as devidas consequências".

O inquérito parlamentar foi anunciado em 25 de setembro, dia da detenção do diretor e de outros três elementos da Polícia Judiciária Militar, de um civil e de três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

As detenções ocorreram no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação, na Chamusca, em outubro de 2017, das armas furtadas em Tancos. Também hoje, o antigo chefe de gabinete do ex-ministro de Defesa Azeredo Lopes, tenente-general Martins Pereira, é ouvido como testemunha no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) sobre o caso do aparecimento das armas furtadas em Tancos.

Martins Pereira, assumiu, em declarações à RTP, ter recebido documentos relacionados com a recuperação do material roubado dos paióis de Tancos e que já os tinha entregado ao DCIAP.

Segundo o Ministério Público, no caso do reaparecimento das armas roubadas estão em causa "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

Lusa