O principal arguido do roubo das armas de Tancos garantiu esta terça-feira em tribunal que fez o assalto com apenas outros dois cúmplices e não os sete de que fala a acusação. Ouvido na segunda sessão de julgamento, João Paulino assegura que nunca pensou vender o material à ETA.
Ao tribunal, contou em pormenor o assalto, confessando que resolveu avançar depois de ter tido conhecimento das falhas de segurança dos paióis.
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João Paulino assume assalto a Tancos: "Sabia que os paióis não têm ramos de rosas nem chupas-chupas"
Com a confissão, João Paulino espera conseguir uma pena mais branda. Vai continuar a ser ouvido na quinta-feira, num julgamento que irá contar com o depoimento escrito do Presidente da República.
O pedido foi feito pela defesa do ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, que quer perceber ao certo o que Marcelo sabia e quando soube da alegada farsa do achamento das armas.
O antigo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, será o último dos arguidos a falar, ainda sem data marcada. É suspeito de ter tido conhecimento da encenação.