Ataque no Centro Ismaili

Análise

"É um caso de polícia. Foi um ato isolado e nada indica que foi terrorismo"

A análise do comentador da SIC, Germano Almeida, ao ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, que causou a morte de duas pessoas.

Polícias junto ao Centro Ismaili, em Lisboa, após ataque
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Duas mulheres foram mortas nesta terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um refugiado afegão que foi detido e que está hospitalizado após ter sido baleado pela polícia. Não há indícios que o ataque tenha tido motivações religiosas ou de terrorismo, “é um caso de polícia e tem que ser tratado como um caso de polícia", considera Germano Almeida.

“Essa pessoa estava perturbada, terá sido um desentendimento" interno. “É um refugiado afegão, a mulher morreu num centro de refugiados na Grécia e tem três filhos”, sublinha o comentador da SIC.

Mas o que aconteceu não altera o que é um crime que pode acontecer em qualquer lugar, refere Germano Almeida.

“É um caso de polícia, não é mais do que isso. É um ato criminoso que levou à morte de duas pessoas e ao ferimento de outra, coisa que em grandes cidades pode acontecer e acontece infelizmente quase todos os dias".

Portugal não está imune a ataques

Germano Almeida sublinha que, apesar de ser raro, Portugal não está imune a que ataques possam acontecer. Refere a crise de refugiados afegão provocada pela saída dos EUA.

“Com a saída desastrada, mal preparada [das tropas norte-americanas] do Afeganistão, havia que acolher um grupo de pessoas que tinha de fugir e vários países o fizeram. Portugal é não só um país que acolhe bem essas pessoas como tem uma boa integração e isso não muda com o caso de ontem”, 28 de março, no Centro Ismaili.

“O facto de ser muito raro acontecerem estas coisas em Portugal, não quer dizer que estejamos completamente imunes a poder acontecer”.