O raide durou mais de sete horas. Um porta-voz do governo francês anunciou o fim da operação policial em Saint-Denis e, no local, o procurador François Molins disse aos jornalistas que as forças que conduziram a operação suspeitavam de que Abdelhamid Abaaoud, um dos cabecilhas dos ataques que fizeram 129 mortos e cujo paradeiro se julgava ser a Síria, estaria no apartamento visado.
A televisão France 2 avançou entretanto que a operação policial foi desencadeada após informações de que estaria a ser planeado um ataque ao bairro financeiro de La Defense.
Há duas mortes confirmadas. Uma delas é uma mulher que se fez explodir, no interior do apartamento cercado, logo no arranque do assalto. A mulher bombista suicida era familiar de Abdelhamid Abaaoud, segundo a BFMTV. Uma terceira morte chegou a ser noticiada por vários media francesas.
Pelo menos cinco agentes da polícia ficaram feridos, sem gravidade, segundo a BBC. De acordo com a BFMTV, também um cão polícia foi morto, chamado Diesel e com 7 anos de idade.
As autoridades atualizaram o número de detenções para sete. Antes, a polícia tinha adiantado que deteve três pessoas no apartamento, ainda não identificadas. Duas pessoas foram detidas em apartamentos do mesmo prédio. Outro homem e outra mulher foram detidos nas imediações.
Um dos detidos será Jawad Ben Dow, o dono do apartamento, que alega não conhecer os alegados terroristas. Antes de ser levado pela polícia, deu uma entrevista à BFMTV.
Assalto começou de madrugada
Durante a madrugada foram ouvidas o que pareciam ser explosões na zona de Saint-Denis, a cerca de 2 km do Estádio de França, um dos sítios visados nos atentados da semana passada. As explosões e os tiros começaram por volta das 4:30 (3:30 em Lisboa).
Em todo o bairro de Saint-Denis o aparato policial é forte. A circulação de transportes na zona esteve suspensa e as escolas não vão abrir hoje por questões de segurança. A polícia recomendou que os moradores permanecessem em casa.