As autoridades da Grécia avançaram no domingo que Mohammad não viajaria acompanhado, mas uma fonte dos serviços secretos da Macedónia disse à agência Reuters que decorria uma "mega-investigação nos Balcãs para encontrar a rota seguida por dois terroristas".
Esta fonte, que recusou divulgar a identidade, indicou que a Macedónia estava a coordenar esta operação em articulação com a Grécia, e que a investigação tinha revelado que Mohammad estava acompanhado quando comprou o bilhete de ferry para Pireus, próximo de Atenas.
O atacante pode ter chegado a Paris mais facilmente do que o esperado pois, no auge da crise migratória na Europa, foi dada prioridade aos requerentes de asilo, ironicamente com o objetivo de evitar a entrada de eventuais militantes jihadistas.
O homem que se fez explodir perto do Stade de France foi, pelo passaporte sírio encontrado perto de seu corpo, identificado como sendo Ahmad al-Mohammad, de 25 anos, oriundo de Idlib, a sudoeste de Aleppo. Confirmar a identidade deste bombista suicida tornou-se um dos grandes objetivos dos investigadores franceses, nomeadamente com a importância de verificar a autenticidade do passaporte.
O Ministério Público francês mostrou, desde o primeiro momento, dúvidas quanto à autenticidade do documento. A foto foi divulgada na conta oficial de Twitter da polícia francesa, com o texto: "Este indivíduo é o autor falecido de um dos atentados cometidos a 13 de novembro no Stade de France".
As impressões digitais constantes do passaporte coincidem, no entanto, com as do suicida, pelo que os investigadores puderam seguir o rasto da sua entrada na Europa: "fê-lo a 3 de outubro, juntamente com um grupo de refugiados, pela ilha grega de Leros", divulgaram as autoridades.