De acordo com a imprensa belga, o segundo homem já detido já foi identificado, trata-se de Soufyane Kayal, e tem ligações a Mohamed Belkaid, morto durante a operação policial de segunda-feira.
A operação antiterrorista hoje desencadeada a meio da tarde ainda prossegue em Molenbeek, onde um terceiro indivíduo estará barricado ainda num apartamento.
A captura de Abdeslam, que esteve em Paris na noite dos ataques que provocaram mais de 130 mortos, precipitou-se depois de uma rusga na comuna de Forest, na segunda-feira, durante a qual seis agentes (quatro belgas e dois franceses) foram surpreendidos com tiros de armas automáticas ao chegarem a um apartamento que julgavam desabitado.
Na sequência de tiroteios e uma grande operação policial, quatro agentes foram feridos sem gravidade, um presumível 'jihadista', Belkadi, foi morto (tendo sido encontrados ao lado do cadáver uma bandeira do grupo 'jihadista' Estado Islâmico e um livro sobre salafismo), mas os dois homens conseguiram fugir e eram ativamente procurados.
Após serem descobertas impressões digitais de Salah Abdeslam no apartamento de Forest, as autoridades intensificaram a "caça ao homem", e, segundo a estação televisiva belga RTBF, após fugir, Abdeslam e o seu cúmplice contactaram um indivíduo que estava a ser vigiado há vários meses, o que permitiu à polícia seguir o seu rasto até à Rue des Quatre Vents, no tristemente famoso bairro de Molenbeek, de onde partiram ou eram originários vários terroristas implicados nos ataques de Paris.
A operação, que ainda não terminou, está a ser seguida pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel, e pelo Presidente francês, François Hollande, a partir do gabinete do chefe de governo belga, para onde rumaram depois de participarem num Conselho Europeu.
Lusa