O Bloco de Esquerda encerrou a campanha no Porto, onde, na tarde desta sexta-feira, houve um contratempo com a campanha de Rui Moreira.
De manhã, Catarina Martins esteve em Matosinhos, que, nesta última semana, se tornou um dos destaques do debate político, e a líder juntou-se ao protesto contra o encerramento da Petrogal.
"Estamos aqui com toda a solidariedade, nós achamos que o Governo podia ter evitado isto. Não nos esquecemos que o Estado português é acionista da Galp", disse a líder bloquista.
Ao final da tarde, na Rua de Santa Catarina, instrumentos e bandeiras estavam prontos para desfilar, mas, metros à frente, a campanha de Rui Moreira já marcava terreno.
Contudo, após uma queixa do partido de Catarina Martins, a comitiva do atual presidente foi impedida pela Comissão Nacional de Eleições de desfilar pela Rua de Santa Catarina, tendo em conta a recusa do acordo prévio, pela equipa de Rui Moreira, para os horários da arruada.
"Nós estamos todos hoje [sexta-feira] na rua e bem, as campanhas devem ser na rua, a falar com as pessoas. É isso que hoje o Bloco de Esquerda está aqui a fazer, também", diz Catarina Martins.
Mas a número um do Bloco de Esquerda deixa uma lembrança ao eleitorado.
"Quase 60 mil milhões de euros de investimento e as autarquias vão ter uma palavra fundamental. E para sabermos que é mesmo para a habitação, e para os transportes, e para o ambiente, e para a igualdade, as pessoas sabem que precisam de eleitos e eleitas pelo Bloco de Esquerda", acrescentou.
O Bloco de Esquerda quer subir a parada, ainda que concorra a menos câmaras que em 2017. O combate é contra as maiorias socialistas, mas, no Porto, o alvo é outro, e cruzou-se no caminho dos bloquistas.
"Rui Moreira, como sabem, tem tido a vida muito fácil na câmara, porque todos os partidos representados no executivo da câmara, enfim, nenhum lhe fez oposição, teve uma vida fácil, teve os orçamentos aprovados sem ter que responder verdadeiramente à vida das pessoas, e, portanto, o que nós esperamos é que Rui Moreira comece a ter oposição na câmara do Porto. Tem feito falta e é essa oposição que o Bloco vai fazer", refere Catarina Martins.