Luís Filipe Menezes garantiu a pés juntos que não voltaria a ser candidato autárquico, mas vai mesmo voltar a ser candidato autárquico. Depois de uma tentativa falhada para liderar a Câmara do Porto, entra na corrida por Gaia, a cidade que liderou durante quatro mandatos e sempre com maioria absoluta.
É uma das apostas mais fortes do PSD e do próprio Governo.
Dores Meira também quer voltar a Setúbal, mas não vai caminhar no mesmo sentido que o PCP. A autarca concorre como independente, mas, desta vez, com o apoio do PSD. Se ganhar, vai governar o bastião comunista pela quarta vez.
Dores Meira e Luís Filipe Menezes são os nomes mais sonantes, mas no mapa autárquico há pelo menos uma dezena de ‘dinossauros’ que voltam às lides eleitorais.
Em 1999, Nuno Cardoso substituiu Fernando Gomes na liderança da Câmara do Porto. Volta a candidatar-se agora como independente.
Vassalo Abreu também tenta regressar a Ponte da Barca.
Acontece o mesmo com Rui Cruz em Vagos, Alberto Souto em Aveiro, João Marques em Pedrógão, Hélder Sousa e Silva em Mafra, Luís Miguel Franco em Alcochete ou Luís Mourinha em Estremoz.
A lei impede que um presidente de Câmara possa cumprir mais do que três mandatos consecutivos na mesma autarquia, mas não impede transferências entre municípios. São pelo menos oito os que vão tentar a sorte em concelhos vizinhos:
O atual presidente de Évora vai candidatar-se a Montemor-o-Novo; o atual presidente da Câmara de Olhão é candidato a Faro; o ainda presidente da Covilhã é candidato a Belmonte.