No calendário da COP21, a Conferência do Clima que decorre ao norte de Paris, as negociações ao nível técnico deveriam estar concluídas até esta sexta-feira, dia 4. Mas há quem aposte que se irão prolongar durante o fim de semana.
O documento contém ainda muitas palavras e frases entre parênteses o que significa várias opções em aberto devido à posições divergentes que será preciso aproximar.
No início da próxima semana, segunda-feira dia 7, chegarão os ministros do Ambiente dos 195 países (mais a UE) que fazem parte da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, para negociarem ao nível político todas as questões que permanecerem em aberto.
Segundo a Rede de Ação Climática, que representa as organizações não governamentais de ambiente na conferência, "estamos longe de onde precisamos de estar". Para as organizações de ambiente, é preciso garantir que os compromissos nacionais são revistos em alta a cada 5 anos e que o esforço de redução de emissões de gases com efeito de estufa e de adaptação é acompanhado pelo financiamento necessário.
Terça-feira, a China, o Brasil, a África do Sul e a Índia relembram que os países desenvolvidos têm de cumprir os compromissos assumidos em termos de financiamento para o período até 2020, de 100 mil milhões de dólares por ano de apoio aos países em desenvolvimento.
As Maldivas, em nome da Aliança dos Pequenos Estados-ilha, ameaçadas pelo aumento do nível médio da água do mar, apelaram a um acordo que tenha compromissos de redução de emissões de médio e longo prazo capazes de assegurar que a temperatura média global não aumente mais do que 1,5°C em relação ao período pré-industrial.
Carla Castelo
SIC, em Paris