Cimeira do Clima

Greta Thunberg resume cimeira do clima a "blá, blá, blá"

A ativista sueca lamentou as conclusões alcançadas na cimeira da Nações Unidas sobre o clima.

Greta Thunberg resume cimeira do clima a "blá, blá, blá"
RUSSELL CHEYNE

A ativista sueca Greta Thunberg lamentou este sábado as conclusões alcançadas na cimeira da Nações Unidas sobre o clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, resumindo-as a "blá, blá, blá".

"O verdadeiro trabalho continua fora dessas salas. E nunca, jamais, desistiremos", disse a fundadora do movimento greve climática estudantil, numa mensagem divulgada no Twitter, a propósito do fim da COP26, após duas semanas de trabalhos e um dia depois do previsto.

A jovem ativista sueca já tinha advertido que classificar o acordo climático como "pequenos passos na direção certa", "fazer algum progresso", ou "ganhar gradualmente" era o "equivalente a perder".

A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) adotou formalmente uma declaração final com uma alteração de última hora proposta pela Índia que suaviza o apelo ao fim do uso de carvão.

A proposta foi feita pelo ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, que no plenário de encerramento pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.

A Índia quis substituir o fim progressivo - "phase-out" por uma redução progressiva - "phase down" -, uma proposta que foi aceite com manifestações de desagrado de várias delegações, como a Suíça, e a União Europeia, e ainda de países mais vulneráveis às alterações climáticas.

Quis ainda acrescentar ao parágrafo o "apoio aos países mais pobres e vulneráveis em linha com as suas circunstâncias nacionais".

O secretário-geral das Nações Unidas também comentou o acordo alcançado em Glasgow, alertando que "a catástrofe climática continua a bater à porta".

Em comunicado, António Guterres considerou que a COP26 "deu passos em frente que são bem-vindos", mas ressalvou que se trata de "um compromisso" cheio de "contradições".

"Ainda não chega", afirmou sobre o consenso a que se conseguiu chegar em Glasgow.

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