Estará em curso uma operação terrestre ao coração de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Há relatos de tanques israelitas em pleno centro da cidade e combates em vários bairros.
“Isto não é vida. Estamos fartos”, lamenta um palestiniano que vive em Rafah.
Intensos bombardeamentos antecederam a ofensiva terrestre e, durante a noite e a manhã, aviões de combate e drones sobrevoaram o bairro de Tel al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde foram ouvidas explosões e fogo de artilharia.
Milhares de deslocados dirigem-se agora para a área de Mawasi, em que foi montado um acampamento, ou para Khan Younis, onde abrigos precários já se estendem por 16 quilómetros.
Ataque deixou dezenas carbonizados
A escalada bélica ocorre numa altura em que Israel está a ser fortemente criticado pelo ataque a um campo de deslocados, que deixou carbonizadas dezenas de pessoas, incluindo crianças.
Depois da indignação internacional, o primeiro ministro israelita, Benjamim Netanyahu, apressou-se a garantir que as circunstâncias da tragédia seriam averiguadas e lançou uma justificação prelimitar: o incêndio foi provocado por uma explosão secundária de um paiól.
O Hamas fala em ataques deliberados contra civis e ameaça Israel com a vida dos reféns, os "reféns podem não regressar a não ser como cadávares e talvez nunca regressem"
Netayahu segue na mira do TPI
Cada vez mais contestado internamente, Netanyahu está na mira do procurador geral do Tribunal Penal internacional (TPI).
Esta terça feira, o jornal britânico The Guardian revela que o antigo chefe da Mossad terá ameaçado a anterior procuradora do TPI, para a obrigar a desistir de investigação de crimes de guerra contra Israel.