O Exército israelita anunciou esta quarta-feira que assumiu o controlo da zona fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egito e que intensificou os bombardeamentos em Rafah.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) divulgaram também que descobriram "cerca de vinte túneis" neste setor fronteiriço, suspeitando que foram utilizados para contrabando por grupos armados no território palestiniano.
As forças israelitas reivindicaram o controlo "nos últimos dias" do corredor de Filadélfia, uma zona tampão de 14 quilómetros dentro da Faixa de Gaza, que faz fronteira com o Egito.
Que impacto?
Este corredor é uma rota de patrulha que o Exército israelita criou ao longo da fronteira antes da sua retirada unilateral de Gaza em 2005.
"O corredor de Filadélfia serviu como canal de oxigénio para o Hamas, através do qual transportava regularmente armas para a Faixa de Gaza", vincou o porta-voz das IDF, o contra-almirante Daniel Hagari.
O porta-voz das IDF acrescentou que o Exército "descobriu uma sofisticada infraestrutura terrorista subterrânea a leste de Rafah, com uma extensão de um quilómetro e meio, a cerca de 100 metros da passagem" entre o Egito e a Faixa de Gaza.
Este posto fronteiriço, único ponto de passagem entre a Faixa de Gaza e o Egito, vital para a entrega de ajuda humanitária, foi encerrado desde que o Exército israelita assumiu o seu controlo no início de maio.
O Egito negou a existência de túneis sob a fronteira, referindo que Israel procura justificar a sua ofensiva em Rafah contra o movimento islamita palestiniano.
Com LUSA