O gabinete do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Gaza, que está rodeado por centenas de deslocados, foi na sexta-feira alvo de ataques com "projeteis de grande calibre" que causaram mais de 20 mortos e 45 feridos, detalhou esta organização.
"Este incidente causou um fluxo em massa de vítimas ao hospital de campanha da Cruz Vermelha, nas proximidades", detalhou o CICV numa nota na rede social X.
O Exército israelita intensificou na sexta-feira os seus ataques na Faixa de Gaza, nos quais pelo menos 30 palestinianos foram mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, enclave controlado pelo Hamas.
Já um porta-voz do Exército israelita referiu à agência France-Presse (AFP) que "uma investigação inicial sugere que não há nada que indique que um ataque foi realizado pelas IDF (Forças de Defesa de Israel) na zona humanitária de Al-Mawasi", a noroeste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
"O incidente está a ser investigado", acrescentou o porta-voz.
O CICV realçou que os ataques de sexta-feira à tarde com "projéteis de grande calibre" caíram a metros do gabinete e residências deste organismo, causando danos.
"Atacar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias, localizadas em sítios que atores do conflito têm conhecimento e que estão claramente marcadas com o símbolo da Cruz Vermelha, coloca vidas de civis e trabalhadores humanitários em risco", realçou o CICV.
"Este grave incidente de segurança é o mais recente de vários nos últimos dias. Anteriormente balas perdidas tinham atingido estruturas da CICV. Condenamos estes incidentes", acrescentou ainda, lembrando que de acordo com o direito humanitário internacional, as partes envolvidas no conflito devem tomar precauções para evitar baixas civis, incluindo em edifícios humanitários.
Com LUSA