Numa altura em que estão estagnadas as negociações para um cessar fogo, continuam a somar-se as vítimas na Faixa de Gaza. Cerca de 39 mil e 100 pessoas morreram nos últimos nove meses e suspeita-se que o número seja maior porque muitos corpos continuam por recuperar debaixo dos escombros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está entretanto muito preocupada com a possibilidade de uma epidemia em Gaza.
O poliovírus tipo 2 - que provoca a poliomielite, uma doença infeciosa viral aguda que pode provocar paralisia irreversível - foi detetado em amostras de água residual. Os cálculos dizem que até 14 mil pessoas podem precisar de assistência médica num cenário de muita escassez de material e de possibilidade de higiene básica.
A pensar no pós-guerra em Pequim, os líderes de 14 grupos políticos e militares, incluindo o Hamas e a Fatah, assinaram um acordo pela "unidade" que coloca fim a 17 anos de hostilidades. O plano para um Governo provisório foi decidido no encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.
Israel criticou especificamente a Fatah do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas pelo acordo com o Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita disse, em comunicado, que esse entendimento "nunca vai acontecer" porque o Hamas vai ser "esmagado" e o presidente Mahmoud Abbas vai "ficar a observar Gaza à distância".
Em Tel Aviv, a oposição israelita volta a pressionar Benjamin Netanyahu para aceitar o acordo proposto pelo Hamas para a libertação de reféns. Dois morreram esta segunda-feira, nas ruas da capital israelita enquanto milhares pedem que o foco seja o resgate dos sequestrados desde 7 de outubro.