A reentrada das tropas em Khan Younis foi precedida de ordens de evacuação dos bairros desta cidade do sul da Faixa de Gaza. O exército israelita reivindicou a destruição de mais complexos de túneis e a morte do ministro da Economia do Hamas, assim como de comandantes da polícia.
No centro, em Deir al Balah, o final do dia foi de orações pelos mortos destes bombardeamentos. O início da semana ficou marcado ainda pelo funeral coletivo de outras oitenta vítimas da ofensiva israelita. Sob mediação da Cruz Vermelha, o exército israelita devolveu os oitenta corpos de palestinianos que estavam sepultados em campas improvisadas em diversos locais do enclave.
Em Israel, Benjamin Netanyahu negou a notícia avançada pelo Canal 12. Numa reunião do gabinete de guerra, o primeiro-ministro israelita terá sido acusado, pelos chefes dos Serviços de Informações da Mossad e do Shin Bet, de estar a bloquear um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Civis buscam normalidade
Na costa do norte de Israel, os civis tentam a normalidade diária possível mesmo que o ambiente seja de tensão e de alerta permanente por causa dos ataques diários do Hezbollah. Do outro lado da fronteira, na cidade de Tiro, há o mesmo espírito. As praias estão cheias mesmo com o horizonte marcado pelas retaliações israelitas a alvos do Hezbollah.
No aeroporto de Beirute reina o caos. Com centenas de voos cancelados e companhias aéreas que deixaram de voar para o Líbano, milhares de estrangeiros e emigrantes tentam abandonar o mais rapidamente do país.
No sul da capital libanesa, reduto do Hezbollah, os cartazes falam em determinação e em espírito de resistência contra uma eventual ofensiva ou israelita. Esta segunda-feira, o governo libanês recebeu um avião com toneladas de medicamentos e material médico.
A ajuda foi enviada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o pior dos cenários: uma guerra em larga escala entre Israel e o Hezbollah - o movimento xiita financiado pelo Irão e que levantou as armas em solidariedade com o Hamas na Faixa de Gaza.