Conflito Israel-Palestina

EUA acreditam que Irão pode atacar Israel esta semana

Esta segunda-feira, numa conferência de imprensa na Casa Branca, o porta-voz para a segurança, John Kirby, sublinhou que qualquer ataque irá condicionar as negociações para um cessar-fogo em Gaza. O risco de um conflito generalizado no Médio Oriente aumentou depois dos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irão, e do comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. O Irão já ameaçou retaliar e, apesar dos apelos em sentido contrário, garante ter “direito” a responder.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos
Evan Vucci

Os Estados Unidos acreditam que o Irão pode atacar Israel esta semana. Ainda assim, Joe Biden e outros quatro líderes europeus apelam a um atenuar da tensão.

Num comunicado conjunto divulgado pela Casa Branca, EUA, França, Alemanha, Itália e Reino Unido reforçam a necessidade de chegar a acordo para um cessar-fogo em Gaza “o mais rapidamente possível”.

O risco de um conflito generalizado no Médio Oriente aumentou depois dos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irão, e do comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. O Irão já ameaçou retaliar e, apesar dos apelos em sentido contrário, garante ter “direito” a responder.

"Apelámos ao Irão para que renunciasse às suas ameaças de ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional no caso de um ataque ter lugar", lê-se na declaração conjunta dos Estados Unidos e dos aliados europeus.

Esta segunda-feira, numa conferência de imprensa na Casa Branca, o porta-voz para a segurança, John Kirby, sublinhou que qualquer ataque irá condicionar as negociações.

Negociações em risco?

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está disposto a retomar as negociações com o Hamas para um acordo de cessar-fogo já esta semana, a 15 de agosto.

Por sua vez, o Hamas apelou no domingo à "aplicação" do plano de três fases proposto pelos norte-americanos para uma trégua em Gaza, "em vez de realizar mais negociações ou apresentar novas propostas".

No final de maio, Joe Biden apresentou um plano de três fases destinado a conduzir a "um cessar-fogo duradouro e à libertação de todos os reféns", detidos em Gaza desde 7 de outubro.