A fome é, neste momento, um dos principais problemas que está a afetar milhares de famílias na Faixa de Gaza.
Aos bombardeamentos praticamente diários, soma-se a fome, um problema crescente que tem afetado grande parte da população de Gaza nos últimos meses.
A situação tem-se agravado e os habitantes garantem mesmo que a "situação é extremamente má", o que está a levar o Tribunal Internacional de Justiça a acusar Israel de genocídio.
Diariamente, milhares de pessoas tentam arranjar comida em centros solidários que distribuem alimentos, insuficientes dada a procura.
"Venho com as crianças pequenas que temos em casa. Tenho mais de 30 pessoas em casa. A comida que levo não é suficiente para as pessoas em casa. Fico à espera durante cinco ou seis horas para levar o que é suficiente para cinco ou seis pessoas da família. Sou obrigado a fazer isto, não tenho rendimentos nem nada. Já passaram dez meses desde a guerra, estamos cercados e a ser mortos, e não temos nem um tostão para nos sustentar. Nem sequer há medicamentos para tratar os filhos", revelou um habitante de Gaza à agência Reuters.
Para além da fome e dos bombardeamentos, as doenças e a desidratação também contribuem para a elevada mortalidade no enclave palestiniano.
Desde que começou a guerra entre Israel e o Hamas já morreram mais de 40 mil palestinianos.