Numa luta desesperada contra a fome, Ouda junta-se a centenas de palestinianos que diariamente dependem da comida que lhes é dada neste campo de refugiados, no norte de Gaza.
Antes do conflito, o casal diz que tinha uma situação financeira estável e nada faltava na sua casa. Agora sobrevivem com ajuda humanitária, cada vez mais escassa.
A situação tornou-se ainda mais grave depois de a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) ter sido interrompida esta segunda-feira. Israel mandou evacuar Deir Al-Balah, onde se encontrava o centro de operações da ONU.
Apesar das dificuldades, as organizações no terreno tentam manter as clínicas abertas para que os serviços de saúde não falhem.
Os palestinianos estão a ser empurrados para uma zona com cerca de 40 quilómetros quadrados que não tem infraestruturas ou serviços básicos e onde é difícil fazer chegar ajuda.
A imposição de Israel é recebida na mesma altura em que chegam a Gaza as vacinas contra a poliomielite. Fazem parte de uma campanha de vacinação em larga escala, depois de o vírus ter sido detetado em águas residuais em Julho e de ter sido identificado o primeiro caso em 25 anos.
Para evitar um surto, a ONU com a ajuda daUNICEF, pretende entregar mais de um milhão e meio de doses.
Para que o plano de vacinação se cumpra, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, pediu um cessar-fogo humanitário imediato de três dias na Faixa de Gaza.