Israel lançou à meia-noite, hora local, a operação militar em grande escala na Cisjordânia. A cidade de Jenin, reduto das Intifadas e coração da resistência palestiniana à ocupação, foi um dos quatro alvos no norte do território.
Nas redes sociais, as tropas foram acusadas de invadir o hospital da cidade, disfarçados de pessoal médico, à procura de militantes do Hamas e da Jihad Islâmica.
O Crescente Vermelho palestiniano confirma apenas que houve ambulâncias bloqueadas pelos soldados bem como ajuda que não chegou a tempo às vítimas, como em Tubas.
O exército israelita já revelou que esta incursão é apenas a primeira fase de uma complexa operação contraterrorista. Anunciou que poderá haver evacuações forçadas de áreas residenciais nos próximos dias.
Desde o dia 7 de outubro do ano passado, já morreram mais de quinhentos palestinianos e houve quatro mil e quinhentas detenções na Cisjordânia.
Com as operações militares na margem ocidental do rio Jordão, Israel reforçou também os bombardeamentos ao centro e sul da Faixa de Gaza. Ao dia 327 de guerra, morreram dezenas de civis em Deir al-Balah, Nuseirat e em Khan Younis.
No principal hospital do sul de Israel, o pessoal médico despediu-se, em festa, do refém libertado esta semana pelas tropas em Gaza. Com a alta médica, o beduíno Qaid Farhan Alkadi deixou um apelo especial no regresso a casa.
Sem fim à vista, decorrem na capital do Qatar, as negociações sobre a libertação dos reféns e um cessar-fogo. O vice-diretor da CIA elogiou, esta quarta-feira, a seriedade da delegação israelita. Declarou que cabe agora ao líder do Hamas decidir se aceita as condições para as tréguas na Faixa de Gaza.