Conflito Israel-Palestina

Incursão militar israelita na Cisjordânia chega ao fim mas o rasto de destruição permanece

Terminou a operação militar israelita na Cisjordânia que durante 10 dias destruiu estradas, casas e provocou pelo menos 30 mortos. Ao regressarem a casa, muitos palestinianos relatam o horror dos últimos dias. Em Gaza há registo de 27 mortos após vários raides aéreos.

Veículo militar de Israel em Jenin
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Dez dias depois, a incursão militar israelita retirou-se das cidades do norte da Cisjordânia palestiniana e dos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Tubas. As autoridades procuravam militantes islamitas e milhares de pessoas tiveram de abandonar as casas. Por onde passaram as tropas deixaram um resto de devastação que arrancou estradas, infraestruturas de saneamento e água, assim como muitas casas.

Quem agora regressa às casas, para além da destruição encontrou também recados escritos na parede.

Reduzidas a cada vez menos território devido à ocupação israelita, as autoridades locais palestinianas dão conta da morte de 30 palestinianos nos últimos 10 dias e mais de 100 feridos numa incursão particularmente destruidora.

Mais a sul perto de Nablus, uma ativista com dupla nacionalidade norte-americana e turca foi abatida a tiro pelas forças israelitas numa manifestação pacífica contra a ocupação. A mulher de 26 anos, que fazia campanha de defesa dos agricultores palestinianos contra colonos israelitas, ainda foi transportada para o hospital com vida mas não sobreviveu aos ferimentos de bala.

Quer os Estados Unidos quer a Turquia já exigiram explicações às autoridades israelitas. Washington continua a insistir que está para breve um acordo de cessar-fogo.

Nas ruas de Telavive continuam sem interrupção as manifestações que pedem negociações para libertar reféns, como defende a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã de visita a Israel.

11 meses depois, cerca de 100 reféns permanecem em Gaza num território devastado pela guerra, fome e doenças. No dia em que a UNRWA, a agência das Nações Unidas conseguiu chegar às mais de 350 mil crianças vacinadas contra a poliomielite.

Mais 27 pessoas morreram em novos bombardeamentos de norte a sul de Gaza.