As força de Proteção Civil palestinianas detetaram a voz de uma criança soterrada debaixo dos escombros de um prédio, após um bombardeamento israelita no sul da Faixa de Gaza. Ao longo de várias horas, perfuraram os destroços até conseguirem retirar a menina, transportada de urgência para o hospital.
O salvamento ocorre no dia do inicio do ano letivo na Palestina, mas, devido à guerra, nenhuma escola de Gaza tem condições para funcionar. Muitas das instalações de ensino servem de refugio aos quase 2 milhões de pessoas deslocadas.
Das crianças que sobreviveram, muitas trabalham nas mais diversas atividades.
"Crianças com a nossa idade noutros países estudam e aprendem, nós não. Nós estamos a trabalhar. Não somos capazes de fazer isto. Somos obrigados, para sobreviver", conta Ezz El-Din Qudeh, de 14 anos.
Sem casa, órfãos, alguns com ferimentos para toda a vida. Teme-se estar a criar mais uma geração perdida.
"O futuro das crianças está perdido. O que estudaram o ano passado já foi esquecido. Se voltarem à escola, terão de voltar ao princípio", afirma Ahmed Abu Ajwa, uma das muitas deslocadas da guerra.
Mais ataques, mais mortes
Pelo menos 18 pessoas morreram e 37 ficaram feridas em bombardeamentos ao território da Síria. Como é habitual, Israel não reivindicou o ataque. Este é o mais mortífero bombardeamento desde que, em abril, foi atingida a embaixada do Irão em Damasco.
As sirenes voltaram a tocar no norte de Israel, pouco antes de um projétil disparado do sul do Líbano ter atingido um prédio residencial. São cada vez maiores os receios de que a guerra se alastre para toda a região.
Também na Cisjordânia ocupada e na Jordânia decorrem cerimonias fúnebres do tiroteio deste domingo na fronteira entre Israel e a Jordânia.
EUA exigem investigação a morte de ativista
O corpo da ativista com dupla nacionalidade norte-americana e turca, abatida pelas forças israelitas na passada sexta-feira, foi em procissão fúnebre pelas ruas de Nablus, na Cisjordânia.
Os Estados Unidos pressionaram as autoridade israelitas a apresentar as conclusões da investigação o mais rápido possível.