Conflito Israel-Palestina

Correspondente SIC

"Governo israelita comporta-se como uma organização terrorista", afirma Erdogan

O presidente da Turquia defende que a comunidade internacional não pode ficar em silêncio face à “barbárie de um Estado que se comporta como uma verdadeira organização terrorista” e diz que a ONU deve autorizar o uso da força.

Tayyip Erdogan
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O Presidente da Turquia diz que a comunidade internacional não pode ficam em silêncio. Recep Tayyip Erdogan considera que a ONU deve autorizar o uso da força, caso o Conselho de Segurança não consiga impedir mais ataques israelitas em Gaza e no Líbano. Erdogan diz que a comunidade internacional não pode ficar em silêncio face à “barbárie de um Estado que se comporta como uma verdadeira organização terrorista”, explica o correspondente da SIC na Turquia, José Pedro Tavares.

“Erdogan apelou uma vez mais à mobilização de todos os Estados muçulmanos islâmicos para punir Israel. A Turquia já decidiu há meses atrás impor sanções económicas contra Israel. É o único Estado que tomou essa decisão e Erdogan voltou agora a dizer que todos os Estados muçulmanos deveriam impor sanções políticas, diplomáticas e económicas para punir aquilo que ele diz ser a barbárie de um Estado que se comporta como uma verdadeira organização terrorista”.

O correspondente da SIC na Turquia lembra também que há alguma semanas, numa reunião partidária, o Presidente turco admitiu o uso da força para parar Israel.

“Agora apela às Nações Unidas para utilizar uma resolução que foi passada em 1950, na altura da Guerra da Coreia para eventualmente autorizar o uso da força contra Israel, ultrapassando o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é geralmente o órgão que toma decisões executivas nesse sentido”, acrescenta.

José Pedro Tavares sublinha que Erdogan afirma que “o Estado judeu, o Governo israelita comporta-se como uma organização terrorista. Fala em genocídio e diz também que Israel pode não parar aqui, Israel pode continuar a atacar outros Estados muçulmanos na região e daí mobilizar-se para tentar travar Israel”.