Os palestinianos em Gaza estão cada vez mais preocupados com a decisão de Israel de cortar a entrada de alimentos. O objetivo é forçar o Hamas a aceitar uma extensão temporária do cessar-fogo, até meados de abril, para que a libertação de reféns não seja suspensa.
A primeira fase do cessar-fogo, que chegou ao fim, permitiu a libertação de mais de 30 reféns em troca de cerca de 2000 prisioneiros palestinianos. Mas agora tudo parece ter mudado.
Dois palestinianos foram mortos pelas tropas israelitas e as fronteiras vão continuar fechadas até novo acordo.
“Não temos um acordo quanto à segunda fase. Exigimos a desmilitarização total da Faixa de Gaza, a saída do Hamas e da Jihad Islâmica e a entrega dos nossos reféns. Se concordarem com isso, podemos implementá-lo já amanhã”, afirma Gideon Saar, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel.
Os líderes do mundo árabe reuniram-se no Cairo para responder à proposta de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos quer tirar os palestinianos do território e construir em Gaza um resort de luxo, mas os presentes querem antes a reconstrução do que Israel deixou em escombros.
A lidar com assuntos domésticos, Benjamin Netanyahu depôs em tribunal mais uma vez, acusado de fraude, abuso de confiança e de ter recebido suborno. É o primeiro dirigente israelita em funções a depor como arguido num julgamento, que começou há quase cinco anos, mas foi adiado por causa da guerra entre Israel e o Hamas.