Apesar dos apelos à calma e das garantias da Organização Mundial da Saúde de que não há razões para isolar a China, o resto do mundo está, cada vez mais, a tomar medidas para evitar a propagação do coronavírus.
Dezenas de países estão a organizar voos para irem buscar cidadãos que estejam na cidade de Wuhan e, ao mesmo tempo, decidem fechar os aeroportos internacionais a todos os aviões que venham da China.
O balanço oficial de mortos já ultrapassou os 210 e o número de infetados está perto dos 10 mil.
A OMS diz que Pequim vai conseguir conter a pneumonia viral mas, mesmo assim, decretou uma emergência global. Sobretudo para poder accionar mecanismos de protecção nos países mais pobres e onde as autoridades não têm capacidade para combaterem uma eventual epidemia.
Para já não se conhecem casos de mortes fora do território chinês mas já há registo de 130 infetados, em duas dezenas de países.
O Reino Unido, por exemplo, anunciou esta sexta feira, os primeiros casos, de duas pessoas da mesma família cujas análises resultaram positivas, e que estão já a receber tratamento hospitalar.
O Japão acaba de anunciar que proibirá a entrada a todos os estrangeiros que tenham estado na região de Hubei, no centro da China, nas últimas duas semanas.
Em Roma, o governo italiano, decretou o estado de emergência sanitária durante 6 meses, depois de terem sido conhecidos os casos de um casal de turistas chineses infetados que tiveram de ser internados quando visistavam a capital. Há uma terceira pessoa que poderá estra, também, infetada. Trata-se de um funcionário do hotel onde os turistas estavam alojados.
A velocidade a que o coronavírus se propaga, e o facto de haver contágio humano directo, é a maior preocupação das autoridades sanitárias mundiais que recomendam que a população se proteja o melhor possível, e siga as indicações dos governos locais.
Também os mercados mostram sinais de inquietação, sobretudo, quanto ao impacto que a pneumonia viral poderá ter na economia chinesa.
Várias multinacionais mandaram suspender a produção nas fábricas que têm no país até, pelo menos, dia 10 de fevereiro. E muitas estão a repatriar os funcionários estrangeiros que, nesta altura, receiam ficar na China.
Entretanto, em Wuhan, já são dois os hospitais a serem construídos em tempo recorde.
Localizados nos subúrbios da cidade ponto de origem da infeção, as duas estruturas envolvem equipas de mais de 4 mil operários, e centenas de máquinas, que trabalham dia e noite para que os edifícios fiquem prontos na próxima semana. Ao todo, os dois hospitais, terão capacidade para internarem quase 3 mil doentes, ao mesmo tempo.