Em várias cidades italianas houve, na noite desta segunda-feira, uma corrida aos supermercados depois do primeiro-ministro ter anunciado o alargamento da quarentena a todo o país.
“As pessoas estão a abastecer-se de sabão e desinfetante, já quase não temos álcool etílico”, disse um dos funcionários de um supermercado do bairro de Garbatella, em Roma, ao jornal la Repubblica.
O mesmo cenário reproduz-se noutras cidades italianas, com os carrinhos a encherem-se de provisões como batatas, biscoitos, leite, açúcar e farinha. Nas redes sociais, as imagens mostram o que a imprensa italiana descreve como uma verdadeira “corrida” às prateleiras.
Entretanto, o Governo já emitiu um comunicado onde clarifica que apesar de serem proibidas deslocação que não por motivos de trabalho, saúde ou necessidade, as compras de bens-essenciais não estão condicionadas e os supermercados continuarão abertos.
“Multidões e pressas para comprar comida ou outros bens de primeira necessidade é desnecessário e vai contra as recomendações (…). Não há razão para pressas porque o fornecimento de comida vai ser garantido com regularidade”.
O Governo Italiano estendeu esta segunda-feira as medidas de quarentena a todo o país. Depois de 16 milhões de cidadãos terem ficado impedidos de abandonar o norte do país, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte diz que é preciso endurecer as medidas de combate ao coronavírus e pede aos italianos que evitem deslocar-se.
Ficam também proibidos eventos públicos em todo o país.
MAIS DE 460 MORTES EM ITÁLIA
As mortes em Itália devido à epidemia do novo coronavírus subiram esta segunda-feira para 463, um aumento de 97 óbitos relativamente a domingo, referiam os últimos dados divulgados pelo chefe da Proteção civil, Angelo Borrelli.
Os casos positivos ascendem aos 7.985, com 724 pessoas que se curaram, com o total de todos os contágios desde o início da crise a atingir 9.172 pessoas. A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia.
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