O Supremo Tribunal Popular chinês anunciou esta terça-feira que os viajantes que entrarem no país e não cumprirem os procedimentos de quarentena, no âmbito das medidas de prevenção da Covid-19, vão ser julgados criminalmente.
A instância judicial máxima da China esclareceu, em comunicado, que a nacionalidade não terá influência sobre as decisões legais para punir o desrespeito pela quarentena imposta pelo Governo e que deve ser respeitada por chineses e estrangeiros.
O anúncio ocorre numa altura em que a China concentra os esforços em travar a importação de casos da Covid-19. Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos detetados pelas autoridades chinesas foram importados, ou seja, pessoas chegadas do exterior, enquanto a transmissão comunitária quase desapareceu.
Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país. De acordo com dados oficiais, a China registou, no total, 400 casos de infeção oriundos do exterior.
Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar no país, em hotéis designados pelas autoridades.
O aumento de novos casos da Covid-19 importados levou, no domingo, a China a desviar os voos com destino a Pequim para 12 cidades, onde os passageiros são agora submetidos a um controlo sanitário antes de prosseguirem viagem para a capital chinesa.
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