Depois de uma manhã a ouvir os parceiros sociais, pela segunda vez em menos de uma semana, o Primeiro-ministro passa a tarde a ouvir empresários da hotelaria e da restauração que devem continuar a sofrer o impacto das quebras por causa da pandemia de covid-19.
O turismo é um dos setores com mais peso no PIB nacional e as perdas têm sido muito significativas, antecipando-se meses de uma forte crise, com redução da procura.
Já na semana passada, quando ouviu os parceiros sociais, a propósito da retoma da atividade económica que se pretende começar em maio, o presidente da Confederação do Turismo disse estar "muito preocupado" com o que poderá acontecer este verão.
António Costa vai receber, ao início da tarde, em S. Bento, representantes das cadeias de hotéis Vila Galé, Porto Bay, Pestana e Sana e, mais tarde, dirigentes da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) para preparar medidas de relançamento da economia.
Foi também para discutir medidas de apoio, mas ao nível europeu, que os parceiros sociais voltaram a reunir-se com o Governo.
A concertação social serviu para preparar o Conselho Europeu que se realiza na próxima quinta-feira e que tem em cima da mesa o pacote de apoio económico e social.
Do volume da ajuda vai depender em muito a capacidade de cada um dos estados conseguir recuperar.
António Costa confessava, ainda há duas semanas, numa entrevista que é preciso saber se se conta com "uma bazuca ou uma fisga" para combater a crise económica.