A Alemanha decidiu esta quarta-feira prolongar até ao final de outubro as grandes concentrações de pessoas para impedir uma segunda vaga do novo coronavírus no país, apesar da acalmia aparente da pandemia e do fim do confinamento.
Na sequência de uma reunião realizada em Berlim, o governo federal da chanceler alemã, Angela Merkel, e responsáveis dos 16 Estados federados decidiram que se vai manter a obrigação do distanciamento de segurança entre as pessoas e o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos ou nas lojas.
"Enquanto não houver vacina nem medicamentos, é necessário manter as regras de proteção de base para que nos possamos proteger", frisou Merkel à imprensa. Para os grandes estabelecimentos comerciais, as autoridades alemãs criaram "alguma flexibilidade", segundo as palavras de Marcus Soder, chefe do governo da Baviera (sul) e a maior região alemã em superfície.
A interdição poderá ser levantada para as manifestações em que seja possível identificar todos os participantes, para evitar uma nova cadeia de transmissão da covid-19 e garantir as distâncias de segurança. Por outro lado, o debate está agora centrado em torno de um acesso limitado aos estádios de futebol e de outros desportos.
Para o resto, a proibição afeta "os grandes acontecimentos, como festivais, festividades locais, manifestações vinícolas, torneios de tiro ou festas, arraiais e feiras ambulantes.
Ao mesmo tempo, o Governo alemão e os 16 Estados federados decidiram também diminuir as restrições noutros domínios, uma vez que as escolas, jardins-de-infância e infantários vão prosseguir gradualmente a reabertura em curso, que ficará completa após as férias de verão.
Neste contexto, o Governo federal e os executivos regionais estão também a encorajar os alemães ao uso de uma aplicação para rastrear novos casos de covid-19, que entrou em vigor e que já foi descarregada por 6,5 milhões de pessoas.
Comparativamente, a Alemanha foi menos afetada pela pandemia do que alguns dos seus vizinhos europeus.