Coronavírus

Presidente da Comissão Europeia diz que futuro da UE está em jogo

Distribuição de verbas do fundo de recuperação não é consensual.

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A presidente da Comissão Europeia sublinha que o futuro da União Europeia está em jogo. Ursula von der Leyen considera que se for alcançado um acordo, os Estados-membros podem sair mais fortes da crise provocada pela Covid-19.

Von der Leyen acredita que "é possível uma solução" para as divergências entre líderes e explica que a proposta de orçamento europeu e de fundo de recuperação permite "não só a oportunidade de ultrapassar a crise, mas também de modernizar o mercado interno e de levar por diante o nosso pacto verde europeu e a digitalização".

Os líderes da UE estão reunidos a partir desta sexta-feira e pretendem chegar a um compromisso sobre o fundo de recuperação. A cimeira deverá prolongar-se pelo fim de semana.

Na quinta-feira à noite, já em Bruxelas para participar no Conselho, o primeiro-ministro António Costa manifestou-se convicto de que é possível chegar a um acordo, adiantando que, pela sua parte, está pronto a aceitar a proposta atualmente sobre a mesa.

DISTRIBUIÇÃO DE VERBAS NÃO É CONSENSUAL

Persistem, no entanto, grandes divergências quanto à distribuição das verbas do fundo de recuperação, que a proposta da Comissão Europeia prevê sejam canalizados em dois terços (500 mil milhões de euros) através de subvenções e um terço (250 mil milhões de euros) de empréstimos em condições muito favoráveis.

Os chamados "países frugais" - Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia e, em menor grau, a Finlândia - opõem-se à proporção de verbas canalizadas sob a forma de subvenções, defendendo uma maior proporção de verbas por empréstimo e que os fundos sejam condicionados à realização de reformas, que permitam aos países em pior situação fazer face a futuras crises sem ajuda europeia.