Coronavírus

Brasil perdeu mais de um milhão de empregos durante a pandemia

A crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 atingiu fortemente a economia brasileira.

Brasil perdeu mais de um milhão de empregos durante a pandemia
Ricardo Moraes

O Brasil perdeu mais de um milhão de empregos no primeiro semestre do ano devido à pandemia de Covid-19, que paralisou grande parte das atividades económicas do país entre o final de março e o início de junho, anunciou o Governo.

Entre janeiro e junho de 2020, as empresas brasileiras registaram 6.718.276 contratações e 7.916.639 demissões, o que levou à destruição de 1.198.363 empregos, segundo dados do Registo Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia do Brasil.

No mês passado, o mercado laboral no Brasil apresentou uma pequena melhoria face ao mês de maio. Junho teve 16% menos demissões (166.799) e 24% mais admissões (172.520) do que o mês de maio, segundo o Governo brasileiro.

O saldo do mês de junho ficou negativo em 10.984 vagas já que ocorreram 895.460 admissões e 906.444 demissões. Em maio, os números foram 722.940 e 1.073.243, respetivamente.

A ligeira melhoria nos dados de emprego coincide com a gradual diminuição das medidas de distanciamento social impostas pelos governos regionais para conter a pandemia, cujo avanço fez do Brasil o segundo país com mais mortes e infeções do mundo, atrás dos Estados Unidos.

A crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19 atingiu fortemente a economia brasileira. Este ano, se as previsões forem cumpridas, o país sofrerá a maior retração nas últimas décadas, com uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) estimada em cerca de 6%.

A contração atingirá uma economia que se recupera lentamente de uma recessão histórica entre os anos de 2015 e 2016, quando o PIB do país recuou sete pontos percentuais.

O PIB brasileiro cresceu 1,3% em 2017 e 2018 e 1,1% em 2019. Antes da pandemia, o Banco Central brasileiro esperava um crescimento de 2,2% este ano.

Fortunas de 42 milionários do Brasil aumentaram 29 mil milhões de março até julho

As fortunas de 42 milionários brasileiros aumentaram em 34 mil milhões de dólares (cerca de 29 mil milhões de euros) de março até julho, ou seja, enquanto a Covid-19 alastrou no Brasil, segundo um relatório divulgado esta segunda-feira pela Oxfam.

De acordo com o documento, os ativos líquidos dos 42 milionários do Brasil aumentaram de 123 mil milhões de dólares (104,8 mil milhões de euros) para 157,1 mil milhões de dólares (133,8 mil milhões de euros) ente março e o início de julho, no período em que a pandemia se propagou no país.

Investigadores seguem rasto do vírus nos esgotos a céu aberto das favelas do Rio

Um grupo de investigadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro está a fazer testes nos esgotos da Favela de Santa Marta, em Botafogo. O objetivo é tentar perceber se o vírus está presente na rede de esgotos da comunidade.

Depois de uma denúncia no Tribunal Penal Internacional, Jair Bolsonaro é agora alvo de críticas de 152 bispos católicos que acusam o presidente de "apatia" com os mais pobres e "incapacidade" para enfrentar crises.

No primeiro dia de regresso ao trabalho, depois de 20 dias de isolamento, o presidente brasileiro foi, novamente, filmado a conversar com apoiantes, sem máscara.

Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a comunidade científica está empenhada em controlar o contágio, sobretudo junto dos mais vulneráveis.