Coronavírus

Os jovens "não são invencíveis, podem infetar-se, contagiar e morrer", relembra OMS

Jovens podem estar na origem do aumento de novas infeções em vários países europeus.

Os jovens "não são invencíveis, podem infetar-se, contagiar e morrer", relembra OMS
Jon Nazca / Reuters

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou hoje que os jovens "não são invencíveis", porque podem infetar-se, morrer e contagiar outras pessoas com o coronavírus da covid-19, e assinalou que "o desafio" é convencê-los "deste risco".

Em declarações aos jornalistas, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, recordou, repetindo um aviso feito em março, que os jovens "não são invencíveis", uma vez que podem infetar-se, morrer e contagiar outras pessoas.

"Estão também em risco, o desafio é convencê-los deste risco", afirmou, numa videoconferência de imprensa, a partir da sede da OMS, em Genebra, Suíça, salientando que alguns países têm reportado o aumento de infeções entre os jovens.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, todas as pessoas têm "o papel de reduzir a exposição ao vírus", não fazerem "coisas desnecessárias", e os jovens "devem liderar a mudança" de comportamentos perante a covid-19 e não desvalorizarem os seus efeitos.

Na quarta-feira, a OMS, pela voz do diretor-regional para a Europa, Hans Kluge, pediu um comportamento responsável aos jovens, que podem estar na origem do aumento de novas infeções em vários países europeus.

Hans Kluge defendeu que as autoridades de saúde de cada país devem melhorar as estratégias de comunicação para que as mensagens sobre a pandemia da covid-19 tenham eficácia entre os jovens.

Hoje, na videoconferência de imprensa, a Organização Mundial da Saúde lembrou que os jovens devem, como as demais pessoas, evitar locais de grande aglomeração, usar máscara e fazer a higiene das mãos.

A OMS anunciou a criação de um grupo de aconselhamento para o comportamento na saúde para gerir situações com as geradas pela covid-19.

Mais de 667 mil mortos e 17 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus já provocou a morte de pelo menos 667.361 pessoas e infetou mais de 17.053.650 em todo o mundo, segundo o balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) às 11:00 de hoje

Há apelo menos 9.759.200 pessoas consideradas curadas.

Países mais atingidos

O balanço indica ainda que, na quarta-feira, foram registadas 6.687 mortes e 285.318 novos casos no mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus últimos balanços foram o Brasil, com 1.595 óbitos, os Estados Unidos (1.267) e a Índia (775).

  • Estados Unidos, com 150.716 óbitos em 4.427.493 casos
  • Brasil, com 90.134 mortes em 2.552.265 casos,
  • Reino Unido, com 45.961 mortes (301.455 casos)
  • México, com 45.361 mortes (408.449 casos)
  • Itália, com 35.129 mortes (246.776 casos).

Entre os países mais duramente atingidos, a Bélgica é aquele que tem o maior número de óbitos em relação à sua população, com 85 mortes por 100.000 habitantes, seguida pelo Reino Unido (68), Espanha (61), Itália (58) e Perú (57).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabiliza oficialmente um total de 84.165 casos, (105 novos casos nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortes e 78.957 recuperados.

A Europa totalizava, às 11:00 de hoje, 209.358 mortes para 3.135.632 casos, a América Latina e Caraíbas 191.827 mortes (4.632.894 casos), os Estados Unidos e Canadá 159.664 óbitos (4.542.739 casos), a Ásia 60.775 mortes (2.697.189 casos), o Médio Oriente 26.666 óbitos (1.134.152 casos), África 18.851 mortes (893.051 casos) e a Oceania 220 mortes para 17.994 casos do novo coronavírus.

Portugal com 1.727 mortes e 50.868 casos de Covid-19

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira a existência de 1.727 mortes e 50.868 casos de Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.725 para 1.727, mais dois em relação a ontem, enquanto o número de infetados aumentou de 50.613 para 50.868, mais 255, o que representa um aumento de 0,5%.

Há 403 doentes internados, o mesmo número em relação a ontem. 42 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos um face a quarta-feira.

O número de casos recuperados subiu de 35.875 para 36.140, mais 265.