As autoridades da Suécia ponderam adotar medidas restritivas locais em Estocolmo, devido ao recente aumento de infeções por covid-19, o que a confirmar-se significaria uma mudança na estratégia até agora adotada pelo pais no combate à pandemia.
Segundo as autoridades de saúde suecas, nos últimos sete dias registaram-se na capital 305 novos casos, face aos 254 na semana anterior.
Pedro Almeida, um estudante português a viver em Estocolmo, conta, em entrevista à SIC Notícias, que o que "está a acontecer na Suécia é um pouco diferente do resto do mundo" e considera "que o número de casos continua relativamente baixo e portanto (...) o confinamento não é uma hipótese".
"Isto vai muito ao encontro da estratégia que foi delineada no início, porque, ao contrário de países como Portugal (...), aqui na Suécia sempre olharam para o confinamento como o adiar dos acontecimentos e não propiamente como uma solução."
A Suécia tem-se destacado da generalidade dos países e até dos outros países nórdicos, na mesma situação pandémica, ao não adotar qualquer recomendação para o uso obrigatório de máscaras.
Os responsáveis daquele país têm privilegiado a responsabilidade individual, ao invés de ditarem restrições, notícia a agência EFE. Uma estratégia causou polémica, principalmente nos momentos de maior incidência da pandemia, quando o número de infeções e mortes era mesmo superior a outros países daquela região, que optaram por aplicar medidas.
O estudante português fala ainda sobre o que o Governo sueco sempre defendeu em relação à gestão da pandemia. E explica também que houve muitos suecos que se deslocaram no periodo entre janeiro e fevereiro para os Alpes e que quando regressaram já vinham infetados.
"Depois foi um suceder de número de mortes muito grave", diz Pedro Almeida.
Por último, Pedro Almeida conta como é o dia-a-dia na Suécia com a nova realidade trazida pela pandemia.
Desde o início da pandemia registaram-se na Suécia 89.436 infetados com o novo coronavírus e 5.870 vítimas mortais.