A diretora-geral da Saúde diz que o número de surtos ativos em todo o país desceu nos últimos dias. São nesta altura 334, a maioria na região de Lisboa.
"Temos 344 surtos registados, sendo 125 na região Norte, 35 no Centro, 142 em Lisboa e Vale do Tejo, 20 no Alentejo e 22 no Algarve, o que reflete um número bastante inferior ao de outros períodos. Felizmente, tem havido uma redução", sublinhou Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde admitiu que poderá deixar de fazer análises pormenorizadas de cada surto, mas comentou a situação que se verifica num lar de idosos em Bragança e noutro em Montalegre, além de um surto com origem num café em Alenquer e que já resultou em 11 casos confirmados.
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Confrontada sobre uma possível suspensão das visitas aos lares no cenário de agravamento da pandemia, à semelhança do que ocorreu durante o confinamento de março e abril, Graça Freitas mostrou-se prudente face a uma repetição dessa decisão.
"Temos de pesar muito bem medidas de controlo de infeção e de segurança com humanização. Temos de ser muito cautelosos; habitualmente, as visitas não estão associadas à transmissão, porque são muito controladas, esporádicas e têm regras muito fixas. É mais fácil que a transmissão se faça a partir dos profissionais, porque são eles que vêm todos os dias de fora para dentro da instituição", notou.
Segundo a diretora-geral da Saúde, o país está neste momento "confortável em relação ao número de idosos que têm sido afetados" pela covid-19.
Graça Freitas realçou a estabilidade das variações de percentagem dos diferentes grupos etários, lembrando que nesta fase são os adultos jovens o grupo da população mais visado pela doença e que as pessoas acima dos 70 anos representam somente 15% dos infetados.
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