Coronavírus

Covid-19. Brasil recebeu 120 mil doses da vacina Coronavac

Governo ainda não autorizou vacinação. 

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O Brasil já recebeu o primeiro lote com 120 mil doses da vacina chinesa contra a covid-19, a Coronavac.

O relato é da correspondente da SIC no Brasil, Ivani Flora.

A CORONAVAC

A Coronavac encontra-se na terceira fase de testes no país sul-americano, através de uma parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e as autoridades do estado de São Paulo, cujo governador, João Doria, se tornou um dos adversários mais ferrenhos do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o que levou a uma forte disputa política em torno do imunizante.

Em 20 de outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou a intenção do Governo central de comprar 46 milhões de doses da fórmula chinesa. Porém, algumas horas após o anúncio, Bolsonaro desautorizou o seu ministro, através das redes sociais, e vetou a compra da Coronavac, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.

A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo - firmado pelo seu Governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca - para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.

Na semana passada, Bolsonaro adensou ainda mais a polémica em torno da vacina, ao declarar "vitória" após a suspensão dos testes da Coronavac, depois da morte de um voluntário.

Brasil aproxima-se dos seis milhões de casos e passa 168 mil mortes

O Brasil contabilizou 606 mortes e 35.918 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, aproximando-se agora dos seis milhões de infetados (5.981.767) e totalizando 168.061 óbitos, informou esta quinta-feira o executivo.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, que indica que o país sul-americano chegou hoje ao 5.4 milhões de pacientes recuperados da covid-19.

A taxa de letalidade da doença no país está fixada em 2,8% e a taxa de incidência é agora de 80 mortes e 2.846,5 casos por cada 100 mil habitantes.

O foco da pandemia no país continua a ser São Paulo (sudeste), o estado mais rico e populoso do país, que concentra oficialmente 1.191.290 de pessoas diagnosticadas e 41.074 vítimas mortais.