Coronavírus

Covid-19. Vacinação nos centros de saúde poderá começar esta semana

O segundo lote de vacinas chegou esta segunda-feira a Portugal e está a ser distribuído por vários centros hospitalares do país

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A chegada de um novo lote de vacinas da Pfizer a Portugal deverá permitir que a administrar a vacinação contra a covid-19 nos centros de saúde comece ainda esta semana. Dulce Salzedas, jornalista especializada em saúde, explica que estas 50.700 doses já estão a ser distribuídas pelos hospitais de diferentes regiões de Portugal.

“Segundo sei, esta semana, muito provavelmente, começará a vacinação em alguns centros de saúde que, neste momento, já têm vacinas deste lote que chegou hoje [segunda-feira] de manhã”, disse a jornalista na Edição da Tarde da SIC Notícias.

No entanto, Dulce Salzedas lembra que o calendário que está estipulado poderá sofrer alguns atrasos. Esta segunda-feira estava prevista a chegada de duas remessas de 9.750 doses cada aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, mas a Pfizer teve de adiar a chegada.

“Eu acho que temos todos de ter algum cuidado quando falamos em doses ou em tranches que vão chegar porque pode haver sempre imprevistos”, alerta a jornalista.

Sobre a nova variante do coronavírus que foi identificada no Reino Unido, Dulce Salzedas explica que a mutação torna o vírus mais contagioso, mas não torna a doença mais perigosa nem produz mais sintomas. A jornalista destaca ainda que as mutações desta nova variante “não são suficientes” para alterar a estrutura da proteína usada nas vacinas da Pfizer/BioNTech e das outras farmacêuticas.

“Apesar destas mutações, o nosso corpo continua a reagir naturalmente produzindo anticorpos”, diz acrescentando que esta variante “pode aumentar o número de pessoas infetadas, mas não altera a sua estrutura e o percurso que faz quando entra no nosso corpo”.

Depois de ter sido identificada na Madeira, num indivíduo que chegou ao arquipélago oriundo de Lisboa e Vale do Tejo, Dulce Salzeda afirma que há a possibilidade de a nova estirpe já estar em Portugal. No entanto, sublinha que a ocorrência de mutações nos vírus é uma situação comum e que também acontece no vírus da gripe.

“É perfeitamente normal que já haja esta estirpe no continente há algum tempo. Esta estirpe foi detetada na Madeira porquê? Porque na Madeira decidiram sequenciar os vírus retirados das zaragatoas das pessoas. Se nós em Portugal sequenciarmos – o que é um trabalho quase que impossível – todas as zaragatoas feitas a toda a gente provavelmente detetamos já esta variante”, esclarece.