Vão começar a ser administradas na próxima segunda-feira no Reino Unido 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. A aprovação surge no momento mais grave da pandemia no país e numa altura em que se anunciam novas restrições.
Nas últimas 24 horas, o Reino Unido registou 981 mortes por covid-19, o número mais elevado desde o início da pandemia e mais de 50 mil novos casos. O número de pessoas internadas também nunca foi tão alto.
A aprovação da vacina da AstraZeneca, desenvolvida no país por investigadores da Universidade de Oxford, tem por isso especial relevância e simbolismo. Apesar da lufada de esperança, poucos conseguirão vislumbrar o fim da pandemia e dos danos colaterais que continua a provocar.
“As notícias difíceis e tristes de hoje é que a nova variante está a provar-se muito difícil de combater e precisamos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. É por isso que estamos a apertar as restrições.” explicou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Na Europa continental teme-se que as variantes do vírus detetadas no Reino Unido possam criar ainda mais pressão sobre os sistemas de saúde.
Esta terça-feira, a Suécia, que registou perto de nove mil novos casos nas últimas 24 horas, anunciou que a partir do dia 1 de janeiro passa a exigir um teste negativo à covid-19 a todos os cidadãos estrangeiros que cheguem do Reino Unido.