Coronavírus

Covid-19. Filipinas mantêm portas fechadas a estrangeiros vindos de Portugal e Brasil

Medida em vigor até ao final do mês.

Passageiros vestidos com fatos de proteção contra a covid-19 caminham no Aeroporto Internacional Ninoy Aquino,nas Filipinas.
Passageiros vestidos com fatos de proteção contra a covid-19 caminham no Aeroporto Internacional Ninoy Aquino,nas Filipinas.
Eloisa Lopez

As Filipinas prolongaram até ao final de janeiro a proibição da entrada de estrangeiros que estiveram em Portugal ou no Brasil nas últimas duas semanas, devido às novas estirpes do novo coronavírus.

Também na sexta-feira, um grupo de trabalho interdepartamental decidiu desencadear um sistema de alertas a aplicar a companhias aéreas que permitem o embarque de passageiros vindos de países na lista negra em voos com destino às Filipinas.

As restrições a estrangeiros vindos de Portugal ou do Brasil tinham sido anunciadas pelo gabinete da Presidência das Filipinas a 7 de janeiro, e inicialmente estavam em vigor apenas até sexta-feira, 15 de janeiro.

A única exceção prevista são os passageiros que apenas mudaram de voo em Portugal ou no Brasil, não tendo abandonado o aeroporto. Este grupo terá ainda assim de se submeter a um período de quarentena de 14 dias, que poderá ser feito em casa, caso façam um teste negativo ao novo coronavírus, que provoca a covid-19.

Já os cidadãos filipinos poderão entrar no país, tendo, no entanto, de se submeter a uma quarentena de 14 dias num local designado pelas autoridades, mesmo que à chegada façam um teste com resultado negativo.

A decisão, fruto de uma recomendação conjunta do Departamento de Saúde e do Departamento dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, abrange mais de 30 países, incluindo o Reino Unido, a China, os Estados Unidos da América e a África do Sul.

Uma nova variante do novo coronavírus, conhecida como a estirpe do Reino Unido, foi detetada em Portugal, pela primeira vez, na Região Autónoma da Madeira, em 28 de dezembro, e, no território continental, em 03 de janeiro.

O Estado do Amazonas, no norte do Brasil, foi identificado como origem de uma outra variante do vírus.

Segundo os cientistas, estas duas estirpes poderão ser mais contagiosas do que a detetada no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.