Coronavírus

Covid-19. Creches e escolas serão as primeiras a reabrir na Alemanha

Garantia dada pela chanceler alemã, Angela Merkel.

Covid-19. Creches e escolas serão as primeiras a reabrir na Alemanha
Fabrizio Bensch

A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu este sábado que as creches e escolas serão as primeiras a reabrir quando os níveis de contágio da pandemia desacelerarem e começar o alívio das atuais restrições à vida pública e à atividade económica.

"Estamos a fazer todos os possíveis para que as creches e as escolas sejam as primeiras a reabrir. Para devolver às crianças uma parte da rotina diária e para diminuir a pressão sobre as famílias", assegurou a chanceler na sua habitual vídeo mensagem dos sábados.

Segundo Merkel, todos no Governo alemão estão "muito conscientes" do "duro" que é "o dia a dia para muitos pais e crianças atualmente", devido às medidas em vigor para controlar a propagação da pandemia.

Na Alemanha, as escolas e creches estão encerrados desde meados de dezembro.

"É um enorme esforço para os pais de crianças em creches e na escola primária cuidar e educar os seus filhos em casa. A isto há que somar as obrigações laborais e preocupações", afirmou a chanceler.

Merkel, que na próxima quinta-feira participará num encontro virtual sobre este tema com pais e mães -- alguns dos quais membros de famílias monoparentais -- recordou, ainda assim, algumas das ajudas estatais aprovadas nos últimos meses para apoiar as famílias.

Entre elas, referiu um apoio extraordinário de 200 euros por criança (liquidado no outono) e uma subida no abono mensal por menor, de 204 para 219 euros (que entrou em vigor em janeiro).

Adicionalmente, disse, foi duplicado para 20 o número de dias de baixa que se podem requerer por doença de um filho, admitindo-se como motivo a necessidade de lhe dar assistência em casa devido ao encerramento das escolas.

Merkel sublinhou ainda que, graças "aos esforços feitos, os números de novas infeções estão a recuar desde há já algum tempo", mas apelou a que não se baixe a guarda porque "o risco real" são as "mutações do vírus altamente contagiosas".

"Ainda não chegámos ao ponto em que as creches e as escolas podem reabrir as suas portas", disse, sem fazer qualquer referência a 14 de fevereiro, data até à qual foi prolongada esta medida.