Coronavírus

Denúncia de vacinação indevida no Centro Social e Paroquial de Recardães, em Águeda 

Foram vacinados vários colaboradores do Centro Social e Paroquial de Recardães que não fariam parte das prioridades do plano de vacinação. 

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A direção do centro garante que todas as pessoas vacinadas lidam com os idosos e que se estão a criar problemas onde eles não existem.

À SIC chegou uma denúncia de que teriam sido vacinados indevidamente, contra a covid-19, vários elementos do Centro Social e Paroquial de Recardães, em Águeda.

Dois membros da direção, uma funcionária da secretaria, três técnicas do centro de acolhimento temporário e algumas freiras que vivem ali ao lado, numa residência independente.

Contactado pela SIC, o padre, que é presidente da direção, não quis gravar entrevista, mas garantiu que todos os vacinados têm presença física habitual no lar de idosos.

A equipa de enfermagem que presta serviço no local explicou também que o vice-presidente, a secretária e a freira estavam incluídos na lista oficial de 91 pessoas a vacinar, por se deslocarem com regularidade ao lar.

Quanto às três técnicas do CAT, a justificação é a de que são elas quem substitui a direção técnica, em caso de ausência forçada.

Estas colaboradoras e o padre, presidente da direção, foram então vacinados com sobras das restantes vacinas dos utentes.

Achou-se que podiam ser eles os escolhidos.

Questionada sobre se o pedido de pessoas a vacinar poderia ter dado azo a várias interpretações, a Segurança Social explica o que pediu às estruturas residenciais para idosos.

Que aplicassem o princípio criterioso de indicarem para vacinação apenas os utentes e profissionais das instituições e que excluíssem outras pessoas que, certamente importantes nas organizações, não estão entre a prioridade de vacinação nesta fase.

O presidente da direção do centro pede que não se criem problemas onde eles não existem.

E, quanto ao possível desrespeito pelas prioridades no processo de vacinação contra a covid-19, garante que não se passou por cima de nenhum prioritário da instituição.

Entretanto, o Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, responsável pela vacinação nesta região, remata, dizendo que cabe agora a cada unidade local de saúde pública analisar caso a caso e decidir se estas pessoas terão ou não direito a receber a segunda dose da vacina.