O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos condenou a vacinação de pessoas que não são prioritárias. Alexandre Valentim Lourenço defende um maior controlo nas regras para que não haja abusos na vacinação.
Alexandre Valentim Lourenço, presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, considera que nos hospitais "todos devem estar vacinados" e há que focar duas coisas: "Nós não temos ainda as vacinas suficientes para os grupos de risco, nomeadamente para os doentes mais sensíveis à pandemia, e também não temos para todos os profissinais da linha da frente".
O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos diz ser importante que, quando há poucas vacinas, haja duas coisas que não falhem:
"Primeiro normas claras, transparentes e muito precisas com as opções de quem deve ser vacinado. Foram deixadas ao cargo das instituições, e por isso cada instituição interpretou à sua maneira (...). E segundo é preciso, num caso em que há poucas vacinas e que queremos controlar muito bem, não disseminar de uma forma indiscriminada todos os locais, todas as decisões da forma como foi feita."
Alexandre Valentim Lourenço relembra que "não há vacinas para todos" e que deve haver muito cuidado na forma como são distribuidas. Defendendo que "controle, normas bem claras e bem determinadas" é o caminho, "mas muito do mal já está feito".
"O processo de vacinação está a decorrer com o sucesso que a disponibilidade das poucas vacinas que chegam tem permitido."
No entanto, diz que a "verdadeira vacinação em massa ainda não começou e quando ela começar o processo tem de estar oleado".