Coronavírus

Há milhares de portugueses com rastreio do cancro por realizar

Houve uma quebra acentuada nos cuidados presenciais nos hospitais e centros de saúde em 2020.

O avançar da idade faz aumentar o risco de cancro da mama. Uma mulher de 60 anos, por exemplo, tem oito vezes mais hipóteses de desenvolver a doença em 5 anos, do que uma mulher de 30
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Os centros de saúde realizaram menos 11,4 milhões de consultas presenciais no ano passado.

Nos hospitais também houve uma quebra acentuada nos cuidados presenciais. Entre consultas, cirurgias e urgências foram realizados menos 3,4 milhões de contactos. A maior queda registou-se nas situações de urgência (31%), seguido das cirurgias (18%).

Os dados são do Movimento Saúde em Dia, liderado pela Ordem dos Médicos e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

A área do diagnóstico e da terapêutica também foi muito afetada. Globalmente foram realizados menos 25 milhões de exames e análises em 2020.

Milhares de portugueses ficaram também por fazer rastreios do cancro, sobretudo do cancro da mama e do colo do útero.

O bastonário da Ordem dos Médicos e a Associação de Administradores Hospitalares dizem que é urgente recuperar os cuidados médicos presenciais dos doentes não covid nas unidades de saúde.